“Quem possui projetos pessoais sabe o quanto é sofrível o processo de deixar de lado por um tempo para ter que se dedicar a outros compromissos.”
Essa série nasce para incentivar a construção dos nossos próprios repertórios criativos. É um projeto convite para profissionais poderem contar sobre suas histórias, compartilhar referências e fazer provocações para comunidade, liderado por Fabi Nakasone e Isa Marques, designers brasileiras.
Através de curadoria, artigos e entrevistas que promovem a indústria criativa no Brasil.
“Uma ideia, ao nascer, precisa sobreviver à barreira de imigração da técnica e manuseio da ferramenta para embarcar na cidade da realidade.”
“Quando mais novo, sempre me foi apontado que ser do jeito que sou era motivo de vergonha. Ser viado, não poder deixar o meu cabelo crescer; gostar de Sandy & Junior sendo homem, gostar de vestir as coisas que eu visto, ler o que eu leio, fazer o design que eu quero fazer. E, por muito tempo, acreditei que essas coisas poderiam me atrapalhar profissionalmente.”
“De uns tempos pra cá, a gente percebeu que a humanidade tem se mostrado bastante ineficiente em aprimorar uma tecnologia humana inventada há mais 3 mil anos: a democracia. Então eu acho até um pouco ingênuo quando designers gráficos propõem eventos ou exposições para expressar o desejo de construir um mundo melhor.”
“Temos vários interesses que orbitam o universo do estúdio e gostamos de fazer coisas que não necessariamente têm relação com o trabalho (…) Acredito que esses interesses contribuem com nossa formação como cidadãos e isso pode acabar se refletindo em nossa atuação profissional.”
“Acredito que precisamos entender mais sobre o Brasil e sobre o brasileiro. Trabalhar com UX é muito mais do que investigar a experiência com a interface, o fluxo e a plataforma. É buscar entender as necessidades reais das pessoas. Para isso, precisamos investir mais em pesquisa para entender melhor o contexto cultural, social e econômico no qual estamos inseridos.”
“Descobri o design paralelamente com a minha mãe, que era professora de português e hoje é designer de mobiliário. Sempre gostei de atividades artísticas quando criança e queria ter uma profissão ligada à criatividade. Descobrimos a existência do design e me apaixonei pela área gráfica.”
“Até porque o design no Brasil, até pouco tempo atrás, era feito por não designers. Então, o design brasileiro tem contaminações que colaboraram para essa riqueza, essa polifonia é muito rica!”
“É um pouco difícil e até curioso porque, por mais que trabalhemos com projeto, a gente não se organiza de uma maneira tão programática assim. Por exemplo, a maneira como a gente se denomina aconteceu de um jeito muito orgânico.”
“Giovanna é ilustradora e designer com raízes na Arquitetura e design de mobílias, descobrindo seu caminho em Design Editorial e Ilustração através de sua paixão por artes plásticas, música, desenho, contracultura e sua influências do punk em sua adolescência. Giovanna compartilha três referências que marcam sua carreira e deixa uma provocação para o mercado.”
Uma nova playlist todo mês. Conheça o Vol. 2, contendo músicas selecionadas por Guilherme Falcão, designer, editor e Head de Criação no Nexo Jornal em São Paulo. “A descoberta do design como possibilidade de profissão também foi através do encarte de disco. O primeiro livro que comprei era uma monografia do estúdio inglês INTRO, responsável por capas de artistas como Broadcast e Primal Scream.”
A Escola Livre é um experimento de educação em design gráfico. Um espaço de pesquisa, prática e diálogo entre designers gráficos e interessados em projeto. Idealizado e realizado por Guilherme Falcão e Tereza Bettinardi. As entrevistas dessa série foram realizadas presencialmente em 2015 e fazem parte da publicação Entrevistas Vol. 1.